Um suspiro seguido de soluços
Cala o silêncio por breves instantes,
Depois some.
Os olhos se fecham lentos,
Como se as pálpeblas
Embriagadas caíssem.
A dor pede um tempo.
A escuridão da mente some
Para surgir os raios de sol.
O corpo perde todos os sentidos
E cai desfalecido ao chão.
Mas não há morte,
Apenas a mente decidiu passear.
A manhã é bonita.
Passo pelos vidros da janela,
Como o sol.
Ah! como é lindo, anjo cruel!
O corpo descotraído sobre a cama,
Respiração lenta, olhos fechados.
Como é doce a expressão...perfeita...
Até parece saber amar...
Não acorde Anjo meu.
Não quero ver em seu rosto a rudez.
insensibilidade das decisões.
A inconstância dos atos.
Nossa superficialidade...
Prefiro ver-te apenas em sonhos.
Acordo emfim.
O que resta?
Lembrança de uma miragem.
Lágrimas que descem por um
Rosto pálido, abatido.
Um suspiro seguido de soluços,
Cala o silêncio por breves intantes,
Depois some.
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