Respirou profundamente,
Arqueou o corpo em um espasmo lento,
Conteve o último gemido,
Abrio os olhos...
Desencanto.
Queria eternidades perfeitas.
Desejava a intensidade do fogo,
Consumindo toda melancolia
dessa minha verdade vazia.
São setenta chibatadas,
Condenação da ausência moral.
A escrava sentiu prazer.
A escrava implora.
Ela paga pela dor e chora.
Não há existência,
Somente a experiência.
Não existe Mestre, nem senhor,
Apenas uma amante da dor.
Que importa a insensatez?
Brinda, bom vinho ao sangue.
Organismo faz uma canção.
A boca implora mais emoção.
Mulher é maldita,
Sorrisos inocentes na traição.
O carrasco grita e chama.
Diz que só tortura porque ama.
A criança paraliza-se,
Pede sem palavras.
Coração puro regeita poder,
Suplica humilhação e prazer.
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