sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Delírio



Um suspiro seguido de soluços


Cala o silêncio por breves instantes,


Depois some.


Os olhos se fecham lentos,


Como se as pálpeblas


Embriagadas caíssem.


A dor pede um tempo.


A escuridão da mente some


Para surgir os raios de sol.


O corpo perde todos os sentidos


E cai desfalecido ao chão.


Mas não há morte,


Apenas a mente decidiu passear.






A manhã é bonita.


Passo pelos vidros da janela,


Como o sol.


Ah! como é lindo, anjo cruel!


O corpo descotraído sobre a cama,


Respiração lenta, olhos fechados.


Como é doce a expressão...perfeita...


Até parece saber amar...


Não acorde Anjo meu.


Não quero ver em seu rosto a rudez.


insensibilidade das decisões.


A inconstância dos atos.


Nossa superficialidade...


Prefiro ver-te apenas em sonhos.






Acordo emfim.


O que resta?


Lembrança de uma miragem.


Lágrimas que descem por um


Rosto pálido, abatido.






Um suspiro seguido de soluços,


Cala o silêncio por breves intantes,


Depois some.

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