sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Tenho medo






Uma noite sozinha.



Mais outra noite-solidão.



Ilusão era tudo o que tinha.



Nem mais febre ou paixão.






Novamente acordo suada,



Correndo dos meus fantasmas.



No quarto não há nada,



Nem razão para lágrimas.






Se um alguém gritar,



Me engano não ouvir.



Se alguém me tocar,



Sequer resta um sentir.






Meus pais não perceberam



Que eu precisava de atenção.



Ainda não se arrependeram



Para salvar meu coração.






Outra vez desperto gritando.



Vendo coisas, seres irreais.



Velo a noite terminando...



Chega! não quero mais.






Lavo o rosto, está desesperado.



Reflexo horrível no espelho.



Lágrimas, dor, suor gelado.



Preciso amparo, conselho.






Outra noite sozinha.



Mais uma noite-sofrimento.



Ilusão era tudo o que eu tinha.



Não aguento mais.






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