sábado, 22 de setembro de 2007

Fragilidade


Uma chuva intensa cai.

As janelas do quarto abro.

Vejo alguém que no relento vai.

Sem rumo, futuro macabro.


Será que sente frio e chora?

Fico parada a imaginar.

A realidade me apavora.

Ó Deus, Faz-me sonhar!


As casas erguem-se imperiais.

Corpos amontoam-se ao relento.

Esperança eles não tem mais.

Sem fazer nada não aguento.


Sou muito covarde, senhor.

Esitar quando devia ter ousadia.

Ficar apenas admirando a dor

E desejando vivê-la no meu dia.


Nos mendogos vejo liberdade,

O espírito de desprendimento.

Sem excessos de vaidade...

Mas seus dias são tormento!


Queria deles ter a alma.

Aquecer, limpar a ferida.

Amar e ajir com calma.

Entregar a minha vida!

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